sábado, 6 de novembro de 2010

Juliana Paes "Com a sensualidade "

Revista Isto é Gente Edição 521

"Ser bonita me abriu portas, mas tive que batalhar muito, cavar oportunidades para mostrar que podia ser uma bela atriz e não uma mulher bonita com pretensões de ser atriz"


EM JULIANA PAES A SENSUALIDADE não é planejada, inventada ou construída. Ela simplesmente é assim. Uma mulher bem brasileira com formas e curvas todas muito bemvindas. Juliana gosta da vida e não economiza em risadas. Quando abre o sorriso, sua boca vira atração principal e dá vontade de rir com ela. No entanto, de perto, é fácil descobrir que seu maior poder está no olhar. Quando estão abertos, são como faróis. Mas, ela fica também linda quando os deixa semicerrados, ou olha assim de cantinho, quase desconfiada. Juliana sabe olhar até de olhos fechados. Tudo dela é espontâneo, quase ingênuo. "Eu tenho isso. Quem me falou foi o Gilberto Braga. Ele me disse para não querer tirar essa sensualidade de mim porque era meu. Naquele momento, foi uma libertação. Um mundo novo que se abriu para mim. Depois, nunca mais tive vergonha de estar bonita e ser sensual", diz ela. Juliana nasceu para ser estrela. Foi uma personagem forte e determinada que a inspirou na adolescência quando sentiu vontade de ser atriz pela primeira vez. "Eu me projetei em Scarlett O'Hara na cena em que ela dá a volta por cima e tira as cortinas para fazer um vestido", lembra. Como a personagem mais célebre de Vivien Leigh, em E o Vento Levou (1939), Juliana é guerreira. Começou a carreira na Rede Globo em 2000, no papel da empregada Rita, em Laços de Família. Ao longo da trama, a personagem cresceu e Juliana apareceu. Desde então, foram inúmeros papéis na tevê. Neste ano, ela foi escalada para sua primeira protagonista de uma trama no horário nobre - Maya, em Caminho das Índias -, e divide com Raj, interpretado por Rodrigo Lombardi as cenas de maior audiência. Nos bastidores da sessão de fotos, que aconteceu em São Paulo, a sintonia entre os atores, que se conhecem desde 2006 quando trabalharam juntos em Pé na Jaca, é evidente. Trocam apelidos, piadas e dão boas risadas. Com os bons ventos profissionais e comemorando um ano de casamento com o empresário Carlos Eduardo Baptista, em setembro, a atriz, de 30 anos tem motivos para sorrir. "Gente, será que estou na minha melhor fase?", brinca. Com os holofotes apontados para ela, Juliana fala sobre cinema, família, casamento, filhos, carreira e, claro, sensualidade. Marilyn Brasileira "Não tem como pensar em sensualidade sem falar em Marilyn Monroe. Ela tinha uma sensualidade despretensiosa, natural. Me lembro de uma cena em Quanto Mais Quente Melhor (1959), que ela está em um navio com uma amiga, falando e trocando de roupa ao mesmo tempo, atrás de um biombo. É tão sensual aquilo porque ela não está tirando a roupa para alguém. Está simplesmente conversando com uma amiga. Acho que também tenho isso. Eu temia ficar rotulada de 'sensual' até o Gilberto Braga me dizer que era uma característica positiva e genuína minha." Tom Cruise em casa "Dudu se parece fisicamente com Tom Cruise quando o ator era mais novo. Uma vez, durante um passeio nosso na Disney, um grupo de meninas japonesas nos viram e o abordaram,querendo tirar fotos com ele." Musa indiana "Meu marido me acha a cara da Aishwarya Rai (estrela do cinema indiano). Outro dia, passou um filme dela na televisão e ele me chamou: 'Preta, vem aqui agora, nunca vi uma mulher tão parecida com você'. Fui ver, era a Aishwarya Rai. Aí falei: pô amor, essa aí é indiana, não vale." (risos) Coisas que só funcionam no cinema... "Nunca reproduzi alguma cena de cinema porque eu ia cair na gargalhada. Tem coisas que só funcionam na tela e outras que na vida real são muito mais gostosas. Entre mim e o Dudu, o mais legal é que a gente dá muita risada. E rir junto pode ser uma coisa muito sensual. Daí, pode surgir um clima gostoso e acabar rolando porque é um momento de intimidade. Eu acho que não tem coisa mais íntima do que compartilhar a alegria genuína com al-guém. Meu marido adora quando saio do banheiro cheirosa e com uma camisolinha. Acho que é o mais cinematográfico que eu consigo chegar (risos). Também acho sexy a mulher com uma camisa masculina como em Flashdance (1983). Não tem homem que não goste disso. Já usei a camisa do meu marido algumas vezes." Amor de cinema "Em Vicky Cristina Barcelona (2008) tem uma frase de Maria Elena, personagem de Penélope Cruz, que adoro. Algo assim: 'o amor romântico só existe quando não é vivenciado'. Parece triste, mas na verdade é um alento porque na vida real, as fantasias românticas, avassaladoras, vão dar lugar a sentimentos mais serenos. Acreditar que aquela aura de mistério e paixão vai durar para sempre é ilusão. O amor vivido no dia a dia é um grande pacto de cumplicidade. Minha mãe sempre me disse isso, mas só hoje entendo. Quando acabam a cumplicidade e a admiração, o amor não sobrevive." "I want to be alone" "Adoro essa frase (dita por Greta Garbo, em Grande Hotel, de 1932). Tenho vontade de repeti-la, em inglês mesmo. Pode parecer egoísta, mas acho que quem não consegue ficar em paz na própria companhia não fica em paz em lugar algum. No início, isso deixava a família confusa e os namorados enlouquecidos. Depois, todos entenderam que é só um tempinho para me ajustar, me organizar e me sentir mais serena." Beleza quase roubada "Amo Homens de Honra (2000). É o favorito do Dudu. Fala sobre preconceito e superação, como as aparências criam desconfianças sobre a capacidade. É um tema quase piegas, mas real. Ser bonita me abriu portas, mas tive que batalhar muito, cavar oportunidades para mostrar que podia ser uma bela atriz e não uma mulher bonita com pretensões de ser atriz. Vi muitas vezes o resultado do meu trabalho surpreender os outros. Tudo o que precisei, da mesma forma que o personagem do filme, foi de uma chance para desmontar os preconceitos." De volta para o futuro "Sempre trabalhei tanto, mas nunca consegui curtir o fruto dele. Com o final da novela, quero viajar com meu marido. Desejo um 2010 mais tranquilo. Esses dias, até disse que se pudesse, teria filhos agora. Mas percebi que não posso. Seria muita violência comigo ficar grávida agora só por causa da pressão de fazer 30 anos. Uma pressão que eu me impus. Vou esperar mais um pouco para engravidar e contar com toda a tecnologia que a gente tem para ter filhos mais tarde." ''Temia ficar rotulada de 'sensual' até que uma vez, Gilberto Braga me disse que era uma característica positiva e genuína minha, não deveria perdê-la. Aquela conversa foi uma libertação

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HÁ 10 ANOS EU ERA MAIS INGÊNUA
EU DIZIA QUE NÃO TINHA MEDO DE NADA
EU SABIA QUE CHEGARIA ONDE ESTOU

EU ASSISTIA A POUCA COISA PORQUE ESTUDANDO E TRABALHANDO NÃO ERA FÁCIL

EU AMAVA DANÇAR

EU DESEJAVA UM CLOSET CHEIO DE ROUPAS

EU ACHAVA SEXY JAQUETAS DE COURO

HOJE EU SOU MAIS ESPERTA

EU SEI QUE AINDA NÃO SEI MUITO

EU DIGO TUDO HOJE, SEM DEIXAR PARA AMANHÃ

EU ASSISTO A TEVÊ, FILMES, PEÇAS DE TEATRO. E ACHO SEMPRE QUE É POUCO
EU AMO DANÇAR
EU DESEJO SER MÃE

EU ACHO SEXY JAQUETAS DE COURO

Fonte:Isto é gente

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